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quarta-feira, 18 de julho de 2012

iSong // Fruto do Brasil #4


O agora tão polêmico cantor Lobão, nem sempre teve a língua afiada. Natural do Rio de Janeiro, quando pequeno, João Luís (apelidado por sua mãe de Xurupita) era uma criança introvertida e tímida. Começou sua "carreira musical" tocando bateria desde os três anos de idade no sítio de sua avó. Foi crescendo, trocando de escola e adquirindo não só sua personalidade, bem como seu apelido: Lobão. Na sua auto-biografia, 50 Anos À Mil, o autor explica que ganhou o apelido por ser um garoto gordo, peludo, comilão e que sempre usava um macacão com uma alça só.

O primeiro trabalho como músico foi como baterista da banda Vímana, juntamente com Lulu Santos, Ritchie, Luis Paulo e Fernando Gama. Fez uma audição para banda através da indicação de um amigo a contra-gosto, e como protesto tocou marchina de samba para entrar em uma banda de rock. Estava numa época de música clássica e anti-rock, só foi até a audição porque esse seu amigo, sem autorização, foi até sua casa, desmontou a bateria inteirinha e levou sozinho até o local das audições.
Nas declarações finais de 50 Anos, Ritchie (ou Lulu Santos) (perdão, memória fraca) relata que quando Lobão começou aquele samba, pensou 'que porcaria?', mas foi ouvindo e  entendeu que o garoto fazia aquilo de rebelde mesmo, querendo ser rejeitado. Mas o que Lobão não sabia é que não tocava só como o surdo, a caixa, o repique ou o chocalho. "Parecia a porra da escola de samba inteira".

Após o final de Vímana, fundou a banda Blitz também como baterista, que tocou sucessos como Você Não Soube Me Amar e Mais Uma de Amor. Infelizmente, Lobão saiu da banda por desentendimentos antes mesmo de começar a fazer sucesso.


Seu próximo projeto foi a banda Lobão E Os Ronaldos, dessa vez como vocalista. A banda estourou com Me Chama, mas logo chegou ao fim.
À partir daí seguiu carreira solo, e enfrentou muita turbulência, sendo preso duas vezes por porte de drogas. Apesar disso, lançou uma revista com CDs mais baratos promovendo bandas novas, e conseguiu a aprovação da enumeração dos CDs produzidos após anos de batalha.

Vale lembrar que além de cantor e baterista, Lobão toca violão, guitarra, violão de doze cordas, violoncelo e talvez algum outro que eu tenha esquecido.

Acústico MTV
Em 2007, Lobão foi convidado a para fazer um Acústico MTV pela segunda vez, e aceitou a proposta. O ótimo resultado só se deu graças à 9 meses de ensaio fechado, mais a participação da banda Cachorro Grande e o quinteto de cordas, cujo nome esqueci, que agradece no seu livro.
Os meus destaques pessoais desse acústico são: 'Me Chama', 'A Vida É Doce', 'Decadànce Avec Élégance', 'O Mistério' e 'A Gente Vai Se Amar' (com Cachorro Grande). É legal assistir as performances, para ver a emoção que Lobão coloca nas músicas.




50 Anos À Mil
Em 2010, Lobão, em parceria com Cláudio Tognolli, lançou sua auto-biografia, denominada 50 Anos À Mil. É claro que os fatos podem ser um poucos distorcidos, afinal, quem narra é um participante ativo (Lobão), e não um observador. Ainda assim, é um livro fácil de ler, que faz rir nas partes engraçadas e ficar triste nas partes ruins, além de ter fotos do pequeno Xurupita, de Alice Pink Pank (sua ex-namorada), da banda Blitz, de Regina (atual esposa), e assim vai. É uma ótima leitura!
Com o lançamento do livro foram disponibilizadas duas músicas novas: Song For Sampa (em homenagem à São Paulo) e Das Tripas, Coração (dedicada à Cazuza; Julio Barroso, ambos amigos de Lobão; e Ezequiel Neves).

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